A meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é imunizar 198 milhões de bovinos e bubalinos no período (Foto: Diário do Nordeste) |
Na prática, a campanha inicia-se na terça-feira (2), uma vez que hoje, 1º de Maio, é feriado nacional dedicado ao trabalhador. No Ceará, são mais de 2,5 milhões de animais bovinos e cerca de 1.500 bubalinos a serem vacinados, segundo a Agência de Defesa Agropecuária (Adagri). A meta é atingir 95% de cobertura do rebanho.
A vacinação é obrigatória para todos os animais, independentemente da idade. A campanha é executada pela Adagri em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematerce).
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA) do Mapa, Guilherme Marques, os pecuaristas deverão buscar a maior cobertura vacinal possível para que o Brasil cumpra todas as ações previstas no Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). "A retirada gradual da vacina vai começar somente a partir de 2019. Até lá, todo o cronograma segue inalterado", pontou.
O produtor que não imunizar o rebanho sofre restrição quanto à movimentação do gado e pode ser multado. Quando a campanha começa, só é possível a retirada da Guia de Transporte Animal (GTA) depois de vacinar os animais. O criador deve ir até o local mais próximo do serviço veterinário oficial do Estado, que dispõe de 40 núcleos e oito escritórios regionais da Adagri ou da Ematerce para comprovar que aplicou a vacina que já está disponível nas revendas de produtos veterinários.
O Mapa recomenda cuidados básicos para a imunização do rebanho: comprar as vacinas somente em lojas registradas; verificar a temperatura correta - entre 2° C e 8° C; transportar as doses em uma caixa térmica; manter a vacina no gelo até o momento da aplicação, além de higiene e limpeza, que são fundamentais.
O Ceará obteve, em agosto de 2013, o reconhecimento nacional de área livre de febre aftosa com vacinação pelo MAPA e o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2014. Esse status permite ao Ceará negociar com outros estados e com outros países, tanto animais, como carne bovina e produtos derivados.
O esforço, mais uma vez, do Estado é sensibilizar os criadores a manter em dia a vacinação contra a febre aftosa em duas campanhas de seis em seis meses (maio e novembro). O objetivo é obter reconhecimento nacional de área livre de aftosa sem vacinação. O Estado já reivindicou do Mapa a vacinação apenas para os animais de até 24 meses, em uma das etapas, mas ainda não foi atendido.
Com Diário do Nordeste