12 de dezembro de 2018

Égua agoniza na cidade de Milagres após espancamento

(Reprodução)
Um caso de agressão a uma égua foi registrado na manhã desta segunda-feira (10), no Centro da cidade de Milagres. Segundo moradores, o animal foi espancado por um cavaleiro, aparentemente embriagado e que não é o seu dono, após apresentar exaustão durante uma cavalgada.

A continuação do ataque foi impedida por populares que presenciaram a situação e foram ao socorro do equídeo. Em vídeo, moradores tentam cuidar da égua oferecendo água em um balde. É possível observar o cansaço do animal, que não consegue levantar. Localizado, o dono resgatou a égua com um reboque, levando-a para a fazenda.

Após presenciar o ocorrido, José Paulo Neto, estudante de medicina veterinária e fundador do grupo de proteção Amigos Protetores dos Animais de Rua (AMPAR), foi à Delegacia Municipal de Milagres para apresentar o caso, na tarde de ontem, mas não formalizou a denúncia. O ativista pretende registrar a ocorrência hoje após colher mais informações sobre o agressor, já que não houve flagrante.

Maus-tratos a animais

José Paulo caracteriza o fato como "lamentável" e diz que casos de agressão a animais são recorrentes em Milgres e na região do Cariri.

A diretora da Associação Protetora dos Animais do Cariri (APAC), Mariangela Bandeira, que também atua na localidade, reforça a denúncia. Segundo ela, são comuns os casos em que os donos desses animais exploram, espancam e depois abandonam o animal debilitado, que geralmente são usados para tração de carga.

Mariangela Bandeira relata o caso de um equídeo explorado que foi abandonado à beira de uma via e resgatado há cerca de duas semanas. O cavalo, que estava com câncer, sede, fome e apresentando muitos ferimentos pelo corpo, não resistiu aos danos.

A ativista reforça a importância da promoção de medidas que evitem maus-tratos como a lei do chicote, como é popularmente conhecida a lei municipal nº 4847 de Juazeiro do Norte, que proíbe o uso do "chicote Aguilhão ou qualquer outro tipo de instrumento que possa causar sofrimento ou dor ao animal por condutores de carroças de tração animal".

Com informações do Diário do Nordeste


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