20 de julho de 2017

Romaria da Mãe Rainha atrai milhares de devotos à Mauriti

Procissão de entrada da celebração. (Foto: Patrícia Silva/Diocese do Crato)
“Essa romaria surge no ano 2000, com a vinda da imagem da Mãe Rainha, quando começamos a construção da capela. Com a vinda da imagem teve a ideia de trazer ela da Matriz até aqui a pé. Foram cinco pessoas da minha comunidade, junto comigo trazendo ela e, quando a gente vinha, as pessoas vinham acompanhando até aqui. Chegou aproximadamente 500 pessoas com essa imagem aqui. A partir deste dia nasceu a romaria”, narra o diácono Francisco Alves de Souza, organizador da Romaria da Mãe Rainha no distrito São Miguel, comunidade do Gravatazinho, em Mauriti.

A proporção de pessoas participando da peregrinação tornou- se muito mais ampla. Dezessete anos depois o “Santuário Paroquial da Mãe Rainha”, denominado assim por dom Fernando Panico em uma ata datada do ano 2007, não atrai só mais 5, nem 500 peregrinos como foi na primeira romaria. Estes números multiplicaram-se e só nas celebrações de encerramento da festa realizada ontem, dia 18, estima-se que vinte mil pessoas visitaram o santuário no decorrer do dia. Na última missa, presidida por dom Gilberto Pastana no final da tarde, segundo a segurança privada do espaço, participaram 12 mil pessoas.

Pessoas de perto, mas também pessoas de longe. Romeiros que vieram de carro, mas também romeiros que vieram a pé, recordando aquele primeiro dia onde a devoção a Mãe Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt começava a ser suscitada no coração daquele povo. Entre os que vieram a pé estava Pedro Nilton, de 36 anos, que após percorrer vinte e oito quilômetros, em cinco horas e meia de caminhada, saindo do distrito de Palestina, aguardou, mesmo com os pés inchados devido o percurso, para participar da celebração presidida por dom Pastana. “É uma bênção de Deus para nós ter a presença do bispo em nosso meio”, disse.

O frio de dezoito graus que fez em Mauriti na madrugada de ontem não desanimou Juarez Alves, de 50 anos, que também veio a pé, saindo “dez para as três da madrugada” da Igreja Matriz e chegando “as dez para as seis” no Santuário. “Sou devoto dela, pra mim é uma bênção. Há três anos fiz uma cirurgia de calculo renal e pedi a ela que se eu ficasse bom destes cálculos eu vinha aqui a pé pagar a promessa. Fiz isso. Com dois anos depois o calculo voltou e fiz nova cirurgia. E vim pagar hoje minha promessa”, disse o romeiro afirmando ainda que uma das coisas que acha mais bela no trajeto é ver o nascer do sol.

O espaço para acolher os romeiros conta com a réplica da Capela da Mãe Rainha de Schoenstatt, onde fiéis fazem filas para fazer suas orações. Também existe uma capela maior onde acontecem as celebrações e um local aberto onde são celebradas as missas campais. Para a organização, o diácono Chiquinho conta com a ajuda de cerca de 300 voluntários. Dentre eles está o jovem Danilo de Souza, de 18 anos, que desde criança, impulsionado pela família que mensalmente recebe a visita da imagem da Mãe Rainha, dá sua contribuição em serviço para a realização da festividade. “Tenho uma grande devoção, um grande amor a Mãe Rainha”, fala sobre sua motivação para estar ali.

Na Paróquia Imaculada Conceição, de Mauriti, existem 239 grupos da Mãe Rainha. Cada grupo visita 30 famílias no decorrer do mês e mensalmente, em cada dia 18, sai uma peregrinação de determinada comunidade para o Santuário onde todas elas renovam a aliança de amor com a Mãe Rainha de Schoenstatt. No mês de julho acontece a festa maior com novenário, missas, celebrações da palavra culminando com a grande romaria.

“Esta romaria tem crescido, tem aumentando o número daqueles que não só são devotos da Mãe Rainha, mas querem testemunhá-la, querem a seu exemplo serem missionários, levarem Jesus a todos os lares, a todas as famílias. É muito bonito ver essa comunidade reunida, celebrando, pedindo a bênção e levando a palavra de Deus para as famílias”, considerou o bispo que participou pela primeira vez desta romaria.


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